terça-feira, 15 de outubro de 2013

Yes, we are monsters.

   Nós, seres vivos mais evoluídos, com um grande domínio sobre o planeta e outros seres que aqui também habitam, somos superiores aos outros no quesito inteligência, mas em outros quesitos como solidariedade e proteção aos mesmos e de outras espécies não somos assim tão evoluídos, podemos dizer que somos um tanto quanto monstros.

  Por sermos superiores à eles, criamos o pré-conceito de que eles são dependentes de nós, temos de protegê-los, alimentá-los e talvez mimá-los. Isso acontece principalmente com animais domésticos: cães e gatos. Algumas pessoas se sentem sozinhas e/ou consideram o bichinho como se fosse parte da família e algumas vezes, o mimam exageradamente, dando aqueles cuidados que vemos na TV: salão de beleza, roupinhas caras, etc., coisa de madame. Mimo demais pode prejudicar o bichinho, ele pode começar a se tornar um produto como um bichinho de pelúcia e não sendo realmente condizente à sua real natureza.
 
   Por que uns amam demais e outros de menos? Isso é um fato um tanto quanto intrigante, enquanto existem pessoas vegetarianas, veganas, há os que maltratam os próprios bichinhos e/ou os do outros. Um caso que infelizmente é comum até em nossa pequena cidade, é o envenenamento de cães. De praxe que os animais domésticos não são tão "tudo de bom", eles são domesticados para viver com os humanos, não viver como os humanos. Se passar o bonde da cachorrada perto ao seu canil, é claro que o cachorro vai latir histericamente, e se o canil ser mal feito ou melhor dizendo, uma gambiarra, ele vai dar seu jeito e fugir, vai defecar em sua grama, vai sujar sua calçada, e depende da raça, o cão vai parecer um sarnento, bernento e neurótico quando chegar alguém em sua casa. Isso é de longe um motivo para maltratá-los.

  A natureza deles é cuidar e proteger seus donos, do jeito deles, e a única arma deles são os dentes avantajados. Se você tiver a puta sorte de encontrar um na rua que decida que você é uma vítima, ele não vai jogar uma flecha, uma besta, muito menos atirar com um revólver, vai correr mais que um queniano e morder sua pele linda e lisa como um pêssego. E agora, esse é um bom motivo para mautratá-los? Então, se você foi assaltado e afins, por que não vai lá na delegacia ou se a pessoa estiver solta, dá um jeito de ir atrás dela e envenenar ou atirar com um revólver?
 
  Sim, isso é um absurdo. Mas e se revidássemos aos bandidos, teríamos tanta sorte como teríamos se revidássemos aos animais domésticos? Não, porque somos superiores aos animais, eles não podem falar nem tanto ter a astúcia de saber que seu alimento está envenenado, por exemplo, nessas condições, os animais são indefesos, o que nos deixa com um rótulo de monstros.
 
   Se você não tem tempo e/ou condições de cuidar de um bichinho, simplesmente doê-o. Há várias crianças que anseiam por um. Não é porque você está sob domínio que você pode "fazer o que quiser" com ele. Por que não posso fazer o que quiser com eles?

  De acordo com a Declaração Universal dos Direitos dos Animais:

Art. 1° - Todos os animais nascem iguais diante da vida, e têm o mesmo direito à existência.
Art. 2°  b. - O homem, enquanto espécie animal.não pode atribuir-se o direito de exterminar os outros animais, ou explorá-los, violando esse direito. Ele tem o dever de colocar a sua consciência a serviço dos outros animais.
Art. 3° a. - Nenhum animal será submetido a maus tratos e atos cruéis;
           b. - Se a morte de um animal é necessária, deve ser instantânea, sem dor ou angústia.
Art. 6° b. - O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.
Art. 11°  - O ato que leva à morte de um animal sem necessidade é um biocídio, ou seja, um crime contra a vida.
Art. 14° a. - As associações de proteção e de salvaguarda dos animais devem ser representadas a nível de governo;
             b. - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei, como os direitos dos homens.

Penalidades:

Art. 32 da Lei de Crimes Ambientais - Lei 9605/98 : Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências.
Art. 32 - Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. Pena: detenção de três meses a um ano e multa.
      1° - Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
       2° - A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte de um animal.

  Se souber ou presenciar um maltrato, denuncie. É aquela velha história: se você vê um crime e não faz nada, você é de certa forma cúmplice.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Abra a sua gaveta da criatividade

  Muitas pessoas associam a criatividade com os profissionais da área de comunicação e criação: fotógrafos, designers, webdesigners, cartunistas, publicitários, estilistas, etc. Porque são inovadoras e criativas, bastam olhar algo A pensar no B e criam o C, fazendo isso com muita facilidade. E como isso é possível? Basta exercitar o lado direito do cérebro, o lado "colorido": sentimental, criativo, imaginativo, engraçado.
 
  Qualquer um pode fazer isso. Como treinar para maratonas, ou simplesmente correr para emagrecer, no começo é difícil, você não tem fôlego para acompanhar mas se praticar diversas vezes, você chega lá. E é isso que os profissionais da área da criação e comunicação fazem: praticar!
 
  Outro problema comum entre jovens é o da redação, muitos não conseguem criar algo e ter uma boa gramática. Mas ninguém nasce sabendo, muito menos na nossa cidade que o "portugueis" é horrível. Leia, mas não se subestime e critique que todos os livros são como os livros da Iracema que a professora de português pede para ler por exemplo, onde há histórias com muita agonia e o português é culto, da época colonial.

  Garimpe estilos e títulos, a internet é um vasto campo e seus amigos mais ainda, você vai descobrir muitos fanáticos por aí, mas só peça pra eles não se empolgarem muito se não já dão muitos spoilers e quem sabe descravam a história inteira (eu sou uma dessas, mas to melhorando com o tempo viu!).
 
  Desligue o Programa do Silvio Santos e essas novelas chatas da Globo, que por hora não mostram nada de interessante, só as mesmas histórias e lugares (circuito RJ-SP). Procure novos filmes, e principalmente séries, super indico Spartacus (ação, aventura) , Breaking Bad (suspense, drama), The Big Bang Theory (comédia). Uma série é só a ponta do iceberg, você assiste um e não para mais, é um roteiro melhor que o outro. 

  Se atualize e procure muita inspiração. Você vai ser criativo nos lugares e nas horas mais inesperadas, porque todos nós somos criativos, só esquecemos onde está a chave da gaveta da criatividade.

domingo, 18 de agosto de 2013

Por que a grama tem de ser verde?

  Dogmas, ideologias, superstições, todas antigas. Estamos cheios disso!  "Está namorando pra quê? Tem de casar!; mulher não pode sair à noite; mulher tem que casar e ter filhos pra cuidar; tem de ir na igreja; porque você não gosta de alguns lugares, não conversa e não sai com todas as pessoas você é anti social, não gosta de ninguém; porque você namora não pode ter amigos de outro sexo; se o homem bebe com os amigos pode saber que tem mulher no meio, etc. Bla bla bla...." Aposto que você imaginou seus pais, avós, ou outra pessoa que sempre fala isso, falando o que citei. Quanto machismo e ideologias idiotas em um parágrafo só né!? 
  
  Por que devo acreditar fielmente no que "não sei quem falou"? Por que devo seguir ideologias porque é tradição e meus pais e familiares seguem? Se meus pais falam que A é A sem saber o porquê disso, eu posso certamente duvidar e disser que existe o B, o C e o D. 

  Uma das coisas mais irritantes é você saber que você está certo e ouvir ideologias idiotas, sem nexo falando que você está errado. Vou citar um exemplo clássico: se eu não acredito em deus e te falo claramente isso, não tem o porquê de você insistir que eu acredite nele. Se eu não insisto pra que você não acredite nele, não insiste pra que eu acredita! Cada um tem sua ideologia, respeita-as. A não ser que isso seja prejudicial ao indivíduo, aí podemos abrir uma pequena excessão.

  Temos uma vida tão curta, podemos morrer a qualquer momento, e as pessoas ficam se apegando a coisas incertas, sem lógica. Às vezes você tem um fracasso em um plano, aí alguém diz: aconteceu isso porque deus quis. Então temos um deus carinhoso e misericordioso que adora fazer seus filhinhos sofrerem? Não basta dizer que deus quis assim, ou porque é seu destino é que eu tenha de aceitar isso. Você deve pensar onde errou, talvez melhorar e não repetir isso novamente. 

  Tenha atitude e coragem! Arrisque-se, coma alimentos novos, converse com pessoas diferentes, vá a lugares diferentes, tenha uma vida diferente. Se você caiu, levante-se! Haverá pessoas que te derrubarão ainda mais, que poderão te estender o dedo mindinho ou simplesmente olhar e não fazer nada. Não espere atitude de ninguém, o único capaz de melhorar sua situação é você. Mas é claro que em certas ocasiões precisamos de ajuda, não conseguimos tudo sozinhos.

  Não tenha medo. O medo corta mais profundamente que as espadas. Duvide, questione, debate, mas debate com lógica e com opiniões convencestes. Seja menos sonhador, para que quando um tijolo cair em você, você não pense que é um travesseiro. E acima de tudo, seja você mesmo. As pessoas mais importantes pra você estão ao seu redor por gostarem de você, e não de um falso você.  

sábado, 3 de agosto de 2013

D EFICIÊNCIA

Faz tempo que não escrevo aqui, então postarei um texto do qual eu escrevia regularmente o editorial, quando eu trabalhava no jornal. 

Certamente você deve conhecer muitas pessoas que não são satisfeitas com o corpo, com a situação financeira, com a classe social, enfim, que reclamam de tudo, mesmo tendo quase tudo.

Mas ao contrário dessas pessoas, existem pessoas com deficiência, de nascimento, ou que aconteceu um acidente e consequentemente perdeu um braço, mão, perna, etc. Essas pessoas podem não ter um membro ou dois, ou não podem andar, ou ouvir, ou falar, ou ver.

Mesmo não sendo pessoas normais, muitas delas vivem vidas normais. Aceitam o que Deus não deu pra elas, sendo uma parte do corpo ou não, e vivem suas vidas felizes. Pois se deprimir, ser rancorosa e triste não vai melhorar a deficiência, ao contrário, irá piorar. Se a pessoa deficiente não poder ouvir/falar, poderá andar e ver, se não puder ver, poderá escutar, falar e  andar, se não puder andar, poderá ver, falar  e ouvir e assim sucessivamente.
Muitas dessas pessoas se adaptam à deficiência, fazendo as coisas com outros membros e assim por diante, não reclamam e não pedem pelo que não têm, pelo contrário, agradecem pelo que têm.

Conheço um rapaz que estudava, não sei se estuda ainda, de manhã no mesmo colégio que eu, ele é deficiente visual, uma pessoa especial, e um ano atrás tinha/tem uma namorada. Toda vez que eu via os dois juntos ficava admirando-os, pois é um amor lindo, sincero e verdadeiro, pois mostra que pra ele, não é necessário conhecer a aparência da sua namorada, os valores dela com certeza valeram mais do qualquer aparência visual ou física. Pelo que pude perceber, ela transmitia segurança, lealdade e fidelidade, um amor simples e verdadeiro, que não precisava ser visto, mas sentido e vivido.

O acesso para os deficientes físicos, atualmente é precário, e mesmo em alguns lugares tendo, por exemplo, uma vaga de estacionamento especial pra cadeirantes, e vasos sanitários para cadeirantes, sempre tem alguém que ocupa essas vagas/lugares, não sei ao certo se a pessoa é ignorante, ou mal informada.

Como diz o título da coluna dessa semana: “D EFICIÊNCIA”, muitas vezes a deficiência leva a eficiência, ou seja, a vontade de se acostumar e de se apropriar, sendo uma pessoa alegre e pronta pra vida.

Parabenizo a todos os deficientes, sejam visuais, auditivos, ou físicos, que superaram as dificuldades e se tornaram pessoas melhores, aceitando a situação, e ainda melhorando. Aos que ainda não aceitaram, sugiro não se culpar, e não culpar aos outros, ser diferente é normal.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Clique, ou desclique

  Cada geração é marcada por algo. No último século, as gerações foram marcadas pela tecnologia: geração rádio, TV, e agora, a internet. Conforme vão se modernizando, as pessoas ficam mais confortáveis, não têm aquele medo que a geração rádio tinha, por exemplo, de se expressar.

  Cada tipo de pessoa é definida principalmente por grupos. Você se descobre melhor com auxílio de fontes, como fazemos diversas vezes através da internet. Eu por exemplo, tive a ideia que não era adepta de nenhuma religião indo apenas em igrejas, e não me sentindo bem nelas, já há alguns anos. Redes sociais, blogs, sites, vídeos, amigos e pessoas do meu ciclo fortaleceram ainda mais minha ideia de ateísmo. Hoje, não tenho vergonha de expressar minhas opiniões e dizer que sou ateia na sala de aula e para meus pais. Ateísmo como o homossexualismo não é aceito de uma hora pra outra, raros são os que aceitam, a maioria é apenas respeitada em suas opiniões.
 
  Com a internet você expande aquele minúsculo cérebro onde seus pais lhe faziam acreditar que você tinha. Sai da sociedade, daquelas críticas e discussões que não vão pra frente, e encontra um Universo de conhecimento e pessoas. Você descobre pessoas que compartilham de seus gostos e opiniões, além de saber realmente o que veio fazer nesse minúsculo ponto azul.
 
  Você aprimora as rede sociais, não sendo somente como um álbum de fotografias e uma caixinha de lembranças onde é aberta  à todos, utiliza-o como ferramenta de trabalho e até uma ferramenta para conseguir trabalho. Dentre outros benefícios, só não utiliza-os para o bem, quem não os quer.
   
  A internet também é um mundo infinito de cultura, basta um bom programa de downloads e você baixa quaisquer músicas, séries e filmes, em questão de minutos ou horas. Ao que um filme na locadora, você esperava sair do lançamento, pois estava meio caro e o tempo de devolução é muito curto.
 
  Você conhece e ouve músicas incríveis, de várias etnias e ritmos, não somente o Porca Véia nas propagandas do Casarão, e Janaína no Estação. Conhece também pessoas interessantes de outros países, tirando é claro, os indianos com nomes ahsuadg que dizem: Hi gatinha, que tal tomarmos um tchai, oh, salamerish!
   
   Um dos malefícios dessa era, é criar falsos jovens e adolescentes. Deixar um pc para ele/ela se entreter a tarde toda, sendo que podia ir na casa das amigas brincar de casinha, escolinha, ou jogar bola no campinho. Deixar que façam o que quiser na internet, criar um vulgo perfil no facebook, que compartilhem coisas como: Ai como eu sofro nessa vida, gostaria de ter um look como esse, etc., etc. Fazer isso é como se colocasse um super bond na cadeira em frente ao pc, sem regras e indicações, faça o que quiser, na hora que quiser. Isso lembra que as coisas mudam radicalmente em questões de poucos anos, ao que, por exemplo, quando eu tinha 13 e 14 anos, juntava moedinhas para ir numa lan house jogar joguinhos de roupinhas com minha prima. Os meninos não mudaram em nada, continuam em lan houses jogando games da hora, isso nunca foi ruim, só para os pais que sentirão falta de trocados para pedágio e moedinhas para colocar na capelinha.
   
  Falsos jovens e adolescentes são uma fábrica de pessoas ignorantes, vivendo e vendo coisas impróprias para a idade, criando fantasias infantis em situações juvenis. Uma/um  pré adolescente/adolescente só saberá usar um sutiã, um absorvente, beijar, transar, quando chegar a hora, não existe um manual, nem preparações do tipo, muito menos em redes sociais, livrinhos de horóscopo Bidu, revistas Toda Teen, Atrevida e Atrevidinha. Aparecerá alguém do céu com um bilhetinho dizendo: se vire, ou foda-se. Não sou contra a utilização da internet por crianças e pré-adolescentes, desde que acessem coisas próprias para a idade, e atividades educacionais que ajudem no desenvolvimento escolar.
   
   Por que tornar o útil, desagradável? Os seres humanos criam necessidades fúteis, e só verão o efeito ruim, quando já prejudicar boa parte do indivíduo.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Prematuros

  Nem todos os terráquios são de parto socialmente normal, alguns são prematuros. Isso faz parte, principalmente, do cotidiano rural, onde os pais veem as crianças sem ter o que fazer, e pra ir "acostumando desde cedo"  lhes apresentam a querida amiga enxada, e assim por adiante. A criança, muitas vezes, não tem como negar, muitos pais alegam que é obrigatório e caso a criança revidar, lá vem as "amadas palmadas". 
  Onde a família é mais volumosa, que tem aproximadamente 8 filhos, os mais velhos cuidam dos mais novos. E esse cuidado, não se torna uma brincadeira, vai adquirindo a responsabilidade de lhe ser confiado alguém para cuidar.
   Conforme a criança vai crescendo, os pais, para não ficarem tão sobrecarregados, vão lhe confiar mais responsabilidades e obrigações, e aí ela começa a ser mais independente, fazendo as coisas sozinha.
   
  Ao longo do tempo, essas obrigações e responsabilidades vão sugando parte da infância. A criança não vai ter aquela liberdade de brincar, pois a qualquer momento, os pais lhe darão mais coisas para fazer. Chega a adolescência, e o ciclo de afazeres continua a todo o vapor, os pais lhe darão responsabilidades maiores, pois ela já não é mais frágil como quando era criança. Nessa fase, boa parte de sua adolescência também será sugada. Essas coisas moldam as pessoas prematuras.
 
  As pessoas prematuras são aquelas que não puderam aproveitar a infância e/ou a adolescência, seja por parte da educação familiar, traumas, preconceitos e baixa auto estima. Em muitas ocasiões elas não se comportarão como uma pessoa da mesma idade deveria se comportar, elas agirão com racionalidade, como se fossem pessoas mais velhas. Pois o fato de ter visto e convivido muito com a realidade os tornou assim.
 
  Isso é algo que molda a pessoa ao longo do tempo, e não de um dia para o outro. Muitas pessoas demoram pra enxergar isso na pessoa prematura. Quando enxergam, a pessoa já está totalmente diferente, e aí, de praxe, costumam associar com algo que a pessoa vive no momento: companhias, leituras, falta de religião.

     Os prematuros deixam de ter muitos ciclos de amizade, não por não gostar de uma certa pessoa, mas por não ter mais aquela afinidade, mesmas opiniões, que tinham antes. Deixam de fazer muita coisa que eram, digamos, "obrigados a fazer", pois já têm coragem de revidar, e ser eles mesmos. São mais racionais, e não  tão sentimentais como a maioria das pessoas. 
 
   Convivemos com infinitas formas e seres. Muitos dos "desajeitados", que talvez por estarem sofrendo, fazem as outras pessoas sofrerem também. Essas pessoas não são más, que não vão mudar, e você vai odiar a vida toda. O sofrimento delas fez com que se tornassem assim, e uma hora ou outra vão melhorar, ou piorar. 
 
    É cabível não julgar as pessoas por serem como são, mas sim se questionar o porquê de serem como são. Cada um tem uma trajetória de vida sofrível ou não, algumas parecidas, mas nunca iguais. É viável aprendermos, muitas vezes, sozinhos. Não existe um manual da vida, muito menos um professor da vida. 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Iscas sociais

   As redes sociais deram um grande salto na comunicação. As empresas têm mais poder e contato com clientes do que com outros meios de comunicação. Mas sempre haverão pessoas que caem nessas iscas sociais e extravasam o sentido real das redes.
 
   Há pessoas que de tão plugadas, criam outras facetas no mundo virtual, como por exemplo, a moça raivosa, briguenta, vira a melancólica, a chorona; o rapaz tímido, transforma-se num Don Juan, e possivelmente num Arnold Scwarzenegger virtualmente.
 
    Há os que acham que as redes sociais são uma espécie e mercado livre, uma feira humana, onde expõe seus "melões", suas "melancias", e/ou seus "tanquinhos". Os repórteres, que noticiam tudo o que fazem, chek-in banheiro da rodoviária, chek-in house da Tiloca, chek-in boteco do Nentho comprando paçoca, e, além de noticiar, tem que fotografar também: #partiu #missa #encontrar #xessuis e #meafogando #pãoseco #xaxixo #guarapa. Tem ainda os "brutos, rústicos, e sistemáticos", que só por escutar Gustavo Lima e ter um par de butinas compradas no cestão do lojão no rapa estoque, se acham os caipiras. Os revolucionários, que querem mudar o mundo e que nas redes sociais se dizem ateus, mas na verdade não saem da esquina sem estar nas barra das saias das mães. Enfim, há uma variedade de tipos de peixes, e o bom disso, (acreditem: tem o lado bom) é o de você saber quem é a pessoa com quem você tem/gostaria/queria/agora não quer mais ter contato, e de possibilitar um ladrão de roubar uma casa.
 
   Muitas pessoas utilizam as redes sociais desnecessariamente, deixando-a ridícula, postando sua vida incrivelmente monótona, para que os outros saibam ali, abertamente. Tiram foto do presente que ganharam, delas mesmas agonizando em um leito de hospital, choram suas dores de cotovelo, seus amores platônicos, e blá blá blá, fazendo um vulgo dicionário adolescente. E ficam plugadas nas redes o dia todo, como se a vida não tivesse emoção sem alguém saber o que você fez, ou irá fazer, sem alguém elogiar, parabenizar, etc., etc., enxergando um curtir não como um apoio agradável, um concordo com você, e sim como um "abraço", para eles não se sentirem tão "alones" assim.
 
    É claro que as redes sociais não deixam de ser boas e úteis, como ter contato com parentes e amigos distantes, conhecer novas pessoas, ou conhecer ainda mais algumas pessoas, ver fotos de diferentes lugares, compartilhar informações úteis, descontrair com um humor negro, ou não, e claro, reclamar, criticar serviços de empresas.
 
   Se você não se encaixa em nenhum desses atributos citados anteriormente, parabéns, clap, clap (som de uma palma se encontrando voluntariamente em alta velocidade e frequência, com a outra), você é um ótimo navegador, seu barco/canoa/jangada não afundou, você não virou peixe/boto/piranha/lula molusco e não caiu na isca.
 
   Nada podemos fazer, enquanto os seres humanos tornarem o útil ao desagradável, mas né, é isto que torna os humanos, humanos.
   

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O conforto que limita o conhecimento

  Desde minhas primeiras aulas de filosofia, lembro o professor sempre dizendo: "Nós professores indicamos os caminhos, e vocês devem escolher e ir atrás do qual lhe é viável."

  O ensinamento escolar é finito, você só vai aprender o que o professor lhe ensina, logo, se quiser se aprofundar do assunto, deve sozinho correr atrás desse conhecimento. Só não o busca quem não quer, recursos não faltam. Isso me lembra aquela famosa propaganda do Canal Futura: "Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas. Pense, questione, descubra. O conhecimento é irresistível". 
 
   Há três tipos de memória: a sensorial, que é a forma mais breve e acontece através dos cinco sentidos. Ela só retém a informação apenas o tempo suficiente para o cérebro separar o que é útil e descartar o que é inútil. Quando essa informação é importante, ela é movida para a memória de curto prazo, onde ela é guardada por segundos, minutos, ou até horas. Se a informação passou pelos dois estágios, ela poderá fazer parte da memória de longo prazo. Essa memória é considerada uma biblioteca, onde são retidas várias informações, onde são classificadas, catalogadas e arquivadas. Essa memória tem capacidade ilimitada.
 
   Aí você lembra de quantas vezes pensou consigo mesmo de ter uma memória fraca por não lembrar de várias coisas. É tanta informação que entra e sai pela cabeça, que podem ser filtradas várias vezes. Você não vai se lembrar do nome da vizinha de baixo que sempre tomava chimarrão com sua mãe quando você era criança, não vai se lembrar dos algoritmos que se bateu para resolver, e também em provas, eu por exemplo, depois de ter feito uma, não lembro da resposta, porque meu cérebro se preocupou em reter a informação só por aquele momento. Mas você se lembrará dos assuntos de seus livros preferidos, de senhas, controles de um jogo e músicas que gosta. Porque você fez com que essas informações fossem importantes, e estão aí na sua memória até que um et te abduza ou um zumbi coma seu cérebro. 
 
   Essa infinidade de informações que o cérebro é capaz de arquivar, nos levam a mais informações, uma sede infinita de conhecimento. Se você é um músico, sempre vai ir atrás de novas bandas, músicos, que lhe inspirem, se é um leitor apaixonado por livros, sempre vai ir atrás de novos títulos, e até uma boa dona de casa que gosta muito de cozinhar irá atras de novas receitas e ingredientes para variar sua culinária.
 
   Mas para certas coisas não bastam só o conhecimento, é preciso também de ousadia. Músicos e artistas devem sempre ter ousadia em expressar suas artes, pois se não o fizessem, todos se contentariam com cópias. O medo de ousar limita o processo de criação, a pessoa se limita sozinha, criando um bloqueio criativo todas as vezes que querer criar e pensar: as pessoas não vão gostar, ou isso não ficou bom. Os criadores de todas as áreas em geral, estão em constante movimento, descobrindo mais e mais, não para chegar a perfeição, mas sim aprimorar o que já sabe, pois sempre há o que melhorar. Técnicas, ideias, críticas, sempre foram bem vindas, levar uma rasteira e não se levantar, é se limitar com o que sabe, e se contentar e não ser tão bom assim. 
 
   Há muitas pessoas que não conhessem outros mundos, por se contentarem na sua zona de conforto, não querer sair da rotina. Mas há muitas outras, principalmente da geração rádio e tv, (nossos avós e pais), que tinham um conhecimento limitado, pois não lhes haviam recursos e esses meios, só passavam notícias em geral, do que era permitido as pessoas saberem. Isso foi criando uma zona de conforto enorme para eles, onde lhe eram apresentada a notícia, indicado a vítima e o vilão, e eles acreditavam, sem questionar, porque aquilo era verdadeiro. Muitas vezes não tem como querer mudar a pessoa, não tem como levar um livro de 100 páginas que seja ao seu pai, ele vai se enjoar logo, pois só é acostumado a ler as matérias que acha interessante no jornal. E o cérebro deles é acostumado a guardar informações pequenas, como quantos milímetros choveu tal dia, e não outras mais complexas como a evolução do homem, por exemplo.
 
   Você aí que tem um cérebro saudável livre da fumaça do tabaco, do olê olê do carnaval, busque sempre mais, e não tenha medo de ousar. Se o homem não tivesse ousadia e vontade de conhecer mais, estaríamos num planeta quadrado, onde um sol giraria em torno dele, falando uga uga, e as mulheres passeando com seu cônjugue, sendo puxada pelo cabelo, pelos seus maridos.

domingo, 27 de janeiro de 2013

A diferença que faz você

  Sabemos de cor e salteado, salteado e de cor, que todos somos diferentes além de físico, psicologicamente. Mas o que venho por meio desta, é falar sobre as diferenças mais diferencialmente diferentes possíveis. 
 
  Acredito que no início da adolescência, a partir de 13, 14 anos, começamos a distinguir o que realmente gostamos e do que nos faz bem, inclusive amizades. Alguns notam que não são todas as pessoas do ciclo social ou familiar (mesmo aquele seu parente ou aquele velho amigo seu que praticamente passou a infância contigo),  não têm afinidade e apreço. 
 
   Muitos não conseguem se encaixar em um ciclo de amizades ou de primos, não por não gostar das pessoas, e sim por pensar e ser diferente. Não o "ser diferente" é que se exclui, se isola, é por não terem pessoas que a entendem, que pensam como ela.
 
   O que causa mais repulsa é o homossexualismo. As pessoas criam uma protótipo de pessoa ideal na cabeça, principalmente os pais. Se os pais são muito preconceituosos e não terem uma boa convivência com o filho, é claro que ele vai demorar em assumir a sua natureza, ou mais popularmente dizendo: "sair do armário". O medo de não ser aceito é o que mais angustia na maioria dos casos, e isso piora ainda mais a situação, pois os pais, familiares e amigos, ou de modo geral os preconceituosos tem um "pré-conceito" do que aquilo é de fato, e não um conceito, um aprofundamento do assunto, e a diferença em si, é o que não é aceito.
   
   O que é muito parecido é o ateísmo. A maioria das pessoas, principalmente que têm familiares vindas do interior são religiosas. Elas põe na cabeça que orando para uma estátua ou imagem, aquilo irá de fato a ajudar. Mas o que a ajuda não é o fato de orar pra algo "desconhecido", é a concentração de toda energia e pensamento positivo no que quer. E essas pessoas não sabem disso, e o fato de terem as "preces atendidas" por esses "seres", é o que mais fortalece a fé da pessoa. Elas crêem em tal religião porque foi repassado de geração em geração, e é facilmente aceito e não questionado porque aquilo é de fato ou não é. Muitas dessas pessoas querem que você acredite, principalmente pais, e não aceitam se você pensa de forma diferente. O que acontece depois de um tempo de um jovem ateu, não é a mudança da crença dos pais também, mas sim a aceitação. Você depois de uma certa idade, tem o livre arbítrio de pensar, e os pais sabem que você deve saber o que é melhor ou não.
   
   É verídico: se você é diferente mais do que o normal, vai haver o preconceito. E uma coisa é certa: você não é sozinho no mundo, sempre haverá pessoas diferentemente diferentes como você. Não mude suas crenças, ideologias e pensamentos para agradar e ser normal na sociedade. Viva a diferença que faz você.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Pedófio's Creed

  Pedófilo...até o final da minha infância essa palavra era desconhecida, e olha que os primeiros abusos datam no começo da década de 90. A palavra pedofilia vem do grego paidophilia, cujo significado é afeição, amor, atração dos pais pela criança ou pré-adolescente. Não só pelos pais ou parentes, mas principalmentes desconhecidos, que ocorrem na maioria dos casos.
 
   A criança cresce normalmente, brinca, apesar de serem meio "diabólicas" às vezes, são inocentes, são apenas crianças. Acreditam no velho papo que vieram da cegonha, que foram achadas na lata de lixo ou que foram compradas no mercado e sabem que o "pitico" só funciona para urinar, e nada além disso. Os únicos contatos sobre o assunto de sexualidade nos últimos anos, é entre 10 e 11 anos, no primário, não sei o por que dessa iniciação imediata, as crianças não vão ligar e ter consciência do fato, e mães vão reclamar por ter cenas eróticas no livro didático do filho.
 
   É verídico que o sexo é fundamental para o bem estar dos jovens e adultos, principalmente para os homens. Não é porque sou mulher que vou botar a culpa nos homens por serem tão ativos, mas sabemos que o nível de testosterona no homem, é bem mais ativa e frequente do que o nível de estrogênio, na mulher, o que indica o homem ter mais impulsos sexuais que a mulher.
   
   E os homens são os principais vilões da pedofilia. É tão fácil estar "necessitado" de sexo, e pegar uma criancinha qualquer para satisfazer seus desejos, sem dar a mínima para as consequências que essa criança sofrerá depois e futuramente, pois seus órgãos genitários são tão pequenos e incapazes de suportar a presença de outro, o que acarreta dores insuportáveis, e danos psicológicos podendo ser levados por toda uma vida, sendo frágeis e incapazes de revidar, viram iscas fáceis desses ordinários.
   
   É tão difícil para os pais de uma vítima acreditar que aquilo ocorreu, e não poder fazer nada, pensar que o órgão genital inocente da criança foi horrendamente mexido e ela, psicologicamente traumatizada.
   
   Dói pensar que a cada dia, uma nova criança é abusada, e que isso é feito também por pessoas do mesmo sangue. O ser humano é surpreendente, esses primatas evoluem tecnologicamente numa escala muito  grande, mas como ser, caem da estaca zero. 

sábado, 5 de janeiro de 2013

O valor de uma mulher

   Nos primórdios do tempo, a mulher era vista como uma deusa, dádiva de uma beleza única,  retratada com muita feminilidade em pinturas e esculturas. Passado mais alguns anos, ela continuava sendo respeitada, casava-se cedo, uma donzela prometida a um cavalheiro.
 
   Os tempos se passaram e mudaram também, muitas mulheres se desrespeitam sozinhas, usando roupas vulgares e se comportando inadequadamente. Isso leva também os homens as "usarem" como objeto sexual, muitas vezes, por serem fáceis, como por exemplo famosas que só mostram o corpo para aparecer, se tornando um ícone sexual desvalorizando a própria imagem.
 
     O que intriga hoje em dia, é que uma mulher normal, não pode andar à noite sozinha tranquila, como por exemplo voltar do colégio, pois deve ficar atenta, qualquer homem ou grupo de homens podem assediá-la, e a única defesa é correr e gritar e muitas vezes é falha.
 
    Já houveram várias revoltas de mulheres feministas que queriam ter o direito de trabalhar e receber o mesmo salário dos homens, foi muito trabalhoso conseguir, mas foi concedido. Hoje temos as mesmas igualdades no trabalho e nos estudos, mas ainda há homens que estupram e massacram mulheres, muitas vezes sob efeito de bebida. Quando isso vai acabar?
   
  A mulher é única, linda, dona de um corpo cheio de belas curvas, sentimental, e a única capaz de gerar um novo ser da mesma espécie. Mulher: valorize-se, não deixe que seus valores virem pó.