Desde minhas primeiras aulas de filosofia, lembro o professor sempre dizendo: "Nós professores indicamos os caminhos, e vocês devem escolher e ir atrás do qual lhe é viável."
O ensinamento escolar é finito, você só vai aprender o que o professor lhe ensina, logo, se quiser se aprofundar do assunto, deve sozinho correr atrás desse conhecimento. Só não o busca quem não quer, recursos não faltam. Isso me lembra aquela famosa propaganda do Canal Futura: "Não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas. Pense, questione, descubra. O conhecimento é irresistível".
Há três tipos de memória: a sensorial, que é a forma mais breve e acontece através dos cinco sentidos. Ela só retém a informação apenas o tempo suficiente para o cérebro separar o que é útil e descartar o que é inútil. Quando essa informação é importante, ela é movida para a memória de curto prazo, onde ela é guardada por segundos, minutos, ou até horas. Se a informação passou pelos dois estágios, ela poderá fazer parte da memória de longo prazo. Essa memória é considerada uma biblioteca, onde são retidas várias informações, onde são classificadas, catalogadas e arquivadas. Essa memória tem capacidade ilimitada.
Aí você lembra de quantas vezes pensou consigo mesmo de ter uma memória fraca por não lembrar de várias coisas. É tanta informação que entra e sai pela cabeça, que podem ser filtradas várias vezes. Você não vai se lembrar do nome da vizinha de baixo que sempre tomava chimarrão com sua mãe quando você era criança, não vai se lembrar dos algoritmos que se bateu para resolver, e também em provas, eu por exemplo, depois de ter feito uma, não lembro da resposta, porque meu cérebro se preocupou em reter a informação só por aquele momento. Mas você se lembrará dos assuntos de seus livros preferidos, de senhas, controles de um jogo e músicas que gosta. Porque você fez com que essas informações fossem importantes, e estão aí na sua memória até que um et te abduza ou um zumbi coma seu cérebro.
Essa infinidade de informações que o cérebro é capaz de arquivar, nos levam a mais informações, uma sede infinita de conhecimento. Se você é um músico, sempre vai ir atrás de novas bandas, músicos, que lhe inspirem, se é um leitor apaixonado por livros, sempre vai ir atrás de novos títulos, e até uma boa dona de casa que gosta muito de cozinhar irá atras de novas receitas e ingredientes para variar sua culinária.
Mas para certas coisas não bastam só o conhecimento, é preciso também de ousadia. Músicos e artistas devem sempre ter ousadia em expressar suas artes, pois se não o fizessem, todos se contentariam com cópias. O medo de ousar limita o processo de criação, a pessoa se limita sozinha, criando um bloqueio criativo todas as vezes que querer criar e pensar: as pessoas não vão gostar, ou isso não ficou bom. Os criadores de todas as áreas em geral, estão em constante movimento, descobrindo mais e mais, não para chegar a perfeição, mas sim aprimorar o que já sabe, pois sempre há o que melhorar. Técnicas, ideias, críticas, sempre foram bem vindas, levar uma rasteira e não se levantar, é se limitar com o que sabe, e se contentar e não ser tão bom assim.
Há muitas pessoas que não conhessem outros mundos, por se contentarem na sua zona de conforto, não querer sair da rotina. Mas há muitas outras, principalmente da geração rádio e tv, (nossos avós e pais), que tinham um conhecimento limitado, pois não lhes haviam recursos e esses meios, só passavam notícias em geral, do que era permitido as pessoas saberem. Isso foi criando uma zona de conforto enorme para eles, onde lhe eram apresentada a notícia, indicado a vítima e o vilão, e eles acreditavam, sem questionar, porque aquilo era verdadeiro. Muitas vezes não tem como querer mudar a pessoa, não tem como levar um livro de 100 páginas que seja ao seu pai, ele vai se enjoar logo, pois só é acostumado a ler as matérias que acha interessante no jornal. E o cérebro deles é acostumado a guardar informações pequenas, como quantos milímetros choveu tal dia, e não outras mais complexas como a evolução do homem, por exemplo.
Você aí que tem um cérebro saudável livre da fumaça do tabaco, do olê olê do carnaval, busque sempre mais, e não tenha medo de ousar. Se o homem não tivesse ousadia e vontade de conhecer mais, estaríamos num planeta quadrado, onde um sol giraria em torno dele, falando uga uga, e as mulheres passeando com seu cônjugue, sendo puxada pelo cabelo, pelos seus maridos.
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