sexta-feira, 21 de outubro de 2016

E depois dos 20?

  Depois dos 20,  a época adorável em que já passamos da fase de irritável rebelde adolescente, e jovem conquistador de direitos e liberdade. É a época do "e agora"!?
 
  Atualmente, essa época é de muita cobrança por parte dos pais para com seus filhos. Pois a maioria em que esta entre os 20-30 anos ainda mora com os pais, depende de uma parte da ajuda deles, não são casados e não tem filhos. É claro que um filho nessa faixa etária da uma despesa enorme para os pais, ainda mais se não trabalha e sequer frequenta uma instituição de ensino.

  Mas ter a "vida ganha" nos dias atuais, não é algo tão simples, ainda mais situações em que o país enfrenta grave e longa crise financeira. Na minha idade, minha mãe já era casada, e tinha dois filhos. Escolha ou não, foi algo muito predominante na geração anterior, principalmente em famílias mais humildes, composta por 6, 8, 10, filhos. É claro que a família vai à falência nessas situações, e o filho se vê obrigado a casar para melhorar de vida.

  Hoje, nossa geração pensa diferente. Casar, após longos anos de namoro, e filhos, talvez 1... no máximo dois, após anos de casado. Hoje temos mais oportunidades e liberdade de escolha. Antes o que era um martírio estudar em uma instituição de ensino superior, hoje é facilmente conquistado através bolsas de ensino, e financiamentos pelo governo.

  Mas assim como várias coisas na vida, as escolhas não dão certo. Seja um namoro de anos, ou a própria escolha do curso superior. Temos mais liberdade de escolha, e isso nos tornou mais críticos, mas não em sentido ruim, ao contrário, queremos que nossas escolhas sejam certas para não sofrermos depois.

   E através dessa liberdade de escolha é que nos vemos diante de algumas (ou não) escolhas que algumas pessoas fazem como ter filhos e casar. Confesso que eu vejo a idade de até os 25 sendo como imatura e não necessária para essas coisas, e sempre que vejo alguém diante delas, me assusto um pouco. Mas é uma questão muito pessoal.

  Além de não ter a oportunidade dos jovens de hoje, os de antigamente, principalmente as mulheres, se sentiam incapacitadas e muitas vezes impossibilitada de fazer um curso superior por conta da maternidade ou do marido ciumento (sim, essa merda nesse nível existia) que não gostava sequer que a esposa saísse de casa. Atualmente, há muitas opções para as mamães, como a creche pública, onde o bebê pode ser deixado desde os 2 anos de idade para cuidados especiais, e babás já não são artigo de luxo como o eram antigamente.

  Pela escolha da faculdade, a maioria dos jovens se vê incapacitado à trabalhos em longa carga horária e que exigem muito esforço, pois a faculdade em si cobra muito do acadêmico, e os dias que podiam ser de descanso, são de stress e muito estudo. E o estudante se vê diante de duas escolhas: ou continuar com o emprego desgastante que paga bem, ou continuar com a faculdade e tentar estágios que são mais acessíveis mas não pagam bem.

   E diante deste stress e gasto sem muito retorno, ninguém tem dinheiro necessário e tempo pra juntar e comprar uma casa, muito menos sustentar filhos. É uma escolha difícil, mas que logo traz uma recompensa maior.

  Não é fácil conviver com essas coisas diante a pais que não entendem e não viveram na sua geração. É preciso muito jogo de cintura e muita paciência, porque os tempos e as gerações, são outras. E não é preciso ser pessimista pra ver que as coisas e situações tendem a piorar.

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