Ansiedade... ta aí um mal que muito assola a humanidade nos dias atuais. Não deixa de ser outro "monstrinho" de longa data, mas que com o advento da tecnologia o assolamento é devastador.
Quem nunca dormiu mal por conta de uma viagem bacana, sentindo-se ansioso pra chegada da hora; ou por marcar um encontro com alguém que está apaixonado, etc.? É, são coisas normais, que aquela pontadinha de ansiedade não faz mal à ninguém.
Mas e quando ansiedade deixa de ser algo inofensivo? Pois bem, é só olhar ao se redor, pessoas quase que sugadas pelo smartphone, numa tecnologia cega de que precisa daquele vazio de uma rede social, de videos que não informam nada. É o preencher vazio com outro vazio. E isso é uma constante, você de alguma forma sente necessidade de estar com ele ali em mãos a todo momento, mas a verdade é que não precisa tanto assim.
Praticidade e economia de uma certa forma. Quesitos que uniram grande quantidade de gadgets pra você usar em um só, que cabe na palma da sua mão, mas que quase cai do seu bolso. Posso mandar mensagem via aplicativo Whatss App conectando-se ao Wiffi até "roubartilhado" a um parente ou amigo distante, sem gastar praticamente nenhum centavo do bolso.
Mas tanta praticidade pra algo útil, em uso frenético, torna tal objeto de certa forma, inútil. Por que? Simples... é só ver o quanto o objeto te toma tempo ao longo do dia. O tempo que você poderia estar lendo uma matéria interessante, um capítulo de livro, conhecido pessoas bacanas, brincado com seu cachorro, procurando seu gato, regando ou até plantando uma mudinhas.
Essa tecnologia quase cega, alavancou a ansiedade nos dias atuais, ao meu ver. Esse imediatismo de mensagens mandadas/recebidas, vídeos acelerados, informação frenética nos deixa angustiados diante à lentidão, demora de uma fila no banco, da pessoa que marca de sair e está no caminho da serpente (piadinha interna DBZ), ou até do esquecimento de algumas pessoas quanto a responderem suas mensagens. Até pros ansiosinhos de leves, corrói um pouco por dentro.
Isso nos leva a não apreciar as coisas de forma leviana, não deixar as coisas fluírem por um estado de espírito às vezes momentâneo, louco pelo futuro (10min daqui depois).
Fico imaginando essas pessoas mais ansiosas que não gostam da demora nem de 5min na resposta, viverem na época dos pombos, dos mensageiros, que levavam dias, semanas para entregarem a mensagem ao destino (muhahahaha -risada psicopata mental-). Que horror seria, não?!
E cada um tem um modo de afugentar o monstrinho, ou melhor, anestesiar. Uns fumam, outros comem, tem tiques, incomodam os outros, etc. E é isso mesmo, anestesiam... porque pra quem é ansioso demais, o monstrinho apenas dá uma volta e logo esta ali pra afugentar o ser novamente.
Sempre receio o que virá das próximas gerações. A tecnologia veio com uma nova geração, mas não atormentando somente essa geração, mas praticamente todas elas. Pergunte a um jovem entre seus 13-17 anos, o que ele faz no ócio, nas horas vagas. A maioria dirá jogar video game, assistir algo na tv aberta ou até ficar algum tempo pela internet. Raros dirão que fazem do ócio horas criativas, produtivas. Vejo por mim mesma: a diminuição de livros em comparação a 2, 3 anos atrás. E nem é a falta de tempo, muitas vezes é a disciplina e meta de sentar e dizer: hoje só paro se ler tantas páginas.
E o maior dos problemas nem é tanto a gente não ter essa capacidade de se autodisciplinar, mas de incentivo, principalmente vindo de um adulto a uma criança. É só olhar os brinquedos que dão as crianças, o tal do carrinho e boneca. Como se não existissem jogos, brinquedos que estimulam o cérebro e raciocínio. O que dizer de livros então? E sinceramente, tais brinquedos aproximam mais a família do que um carrinho ou boneca, pois muitas vezes o objetivo do jogo é tentar encontrar o objetivo e isso entrete, tanto pais, quanto filhos.
Mas o que fazer dos pais que não tem tempo pra eles mesmos, que cresceram sem estímulo de desenvolvimento de raciocínio quando pequenos? É uma pena, talvez a criança só se encontrará tardiamente, com um amigo nerd que o entenda.
Para onde caminharemos então, se já temos quase tudo praticamente conquistado, e podemos conseguir o que quiser? Ah, eu tenho medo dessa resposta. Só resta acompanharmos o avanço (ou não avanço) da nossa queridíssima espécie em proliferação.
E pra finalizar, um poema de minha autoria sobre o mesmo assunto:
Qual a ânsia da geração ansiedade?
Viver do aqui e agora
Anda, vamos logo
Que já é fim de tarde.
Querer sem percorrer
Ter sem valorizar, sem precisar.
Eles querem tudo,
Mas ao mesmo tempo nada.
Tecnologia cega,
Natureza esquecida.
Tudo para no final, nada.
Vida desmerecida.
E pra finalizar, um poema de minha autoria sobre o mesmo assunto:
Qual a ânsia da geração ansiedade?
Viver do aqui e agora
Anda, vamos logo
Que já é fim de tarde.
Querer sem percorrer
Ter sem valorizar, sem precisar.
Eles querem tudo,
Mas ao mesmo tempo nada.
Tecnologia cega,
Natureza esquecida.
Tudo para no final, nada.
Vida desmerecida.
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