No sentido literal, o amor é facilmente explicado como afeto, paixão, e a formação de um vínculo emocional com alguém, que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação, segundo a Wikipédia.
E esse sentimento se dá de vários modos, como o relacionamento homossexual ou heterossexual entre duas pessoas; o amor que uma mãe sente ao filho que gerou no seu ventre ou que adotou; o amor entre um humano e um animal; o amor entre amigos, todas elas são formas de amor, cada qual no seu modo. E sendo assim, literalmente falando, amamos muito.
Mas e pra você, qual a definição do amor conjugal? Está aí uma pergunta que fica divagando em nossa mente. Bom, para mim o amor é além da explicação do primeiro parágrafo, é um comprometimento, é um contrato que ambos assinam de doar-se e receber, e não doar-se por metades, mas sim, por inteiro.
E para estabelecer esse contrato, ambos devem ter a mesma definição do amor? E se eles tivessem conceitos diferentes e amarem-se, simplesmente? Dependendo da situação, o sentimento acaba, pois normalmente queremos a reciprocidade, e se eu dou aquilo que não vou receber, ou recebo aquilo que não vou dar, não vale a pena para ambos, insistir.
Já parou pra pensar se aquele casal de velhinhos que passam de mãos dadas na rua, ou aquele outro que passa discutindo, ainda se amam? Pode ser que o amor que tinham desde a jovialidade foi transformado em um afeto ainda maior para com o outro, e a força do vínculo foi distribuído em seus filhos e consequentemente, em seus netos. Será que em algum momento eles queriam desistir de tudo e buscar em outro alguém a felicidade? Será que o amor, um dia, foi transformado em raiva e outros sentimentos? O estar junto, não seria apenas para manter o status de casal dentro da normalidade e não desapontar os laços familiares?
Há várias possibilidades de imaginar como um casal que agora está idoso, chegou onde está. Mas devido o passar do tempo e a mudança de conceitos, a ideia de relacionamento mudou: nada de o rapaz jogar pedras na janela do quarto da moça para chamar a atenção, convidá-la para dançar em um baile, ou ir ao um encontro levando flores e blá blá blá. Agora é só adicionar a moça pelo Facebook ou Whatssapp mantendo um diálogo intenso, chegar na moça em uma festa ou balada e já sair nos amassos, etc. O delicado e romântico deu lugar a praticidade e o julgamento facial e corporal.
Não digo que este conceito atual está errado, pois na época em que vivemos, se o rapaz fizesse igual antigamente como jogar pedras na janela da moça para chamar a atenção, seria considerado um ridículo, e nos casos mais extremos, o pai da moça sairia com uma espingarda na mão.
É só parar para pensar nos ritmos e melodias que os jovens atuais costumam ouvir. É tudo basicamente incitando explicíta ou implicitamente a pegação e o sexo. É muito difícil saber se aquela pessoa que você gosta e está "pegando" só quer um caso ou um relacionamento sério, e os sentimentos se confundem. Aí quando acaba é um choro pra cá, um foda-se de lá...
Eu sou totalmente a favor de encontros casuais. Por que não curtir um tempo com alguma pessoa legal sem ter um compromisso com ela? Mas um encontro casual desde que seja um acordo mútuo e entendimento entre ambos, nada de iludir a pessoa, dar-se a entender que ama ela só para no fim, transar. Pois com sentimentos e pessoas não se brincam.
O amor, assim como a felicidade, um dia acaba, e também assim como ela, começa novamente. É um ciclo contínuo. O dito amor verdadeiro pode aparecer várias vezes na vida de uma pessoa, basta ela permitir-se, não ter mágoas e não ter medo de ser feliz. E aquela procura intensa desse amor verdadeiro? Balela! O amor vem, acontece, simplesmente.
Sendo assim, somos condenados a amar e a procriar em sociedade? Talvez. Nossa passagem pela vida não seria mais simples se não tivéssemos tais sentimentos? Seria simples, mas seria vazia. Queremos emoção, prazer, queremos dividir uma vida com alguém e preencher um vazio que nós mesmos criamos. Queremos amar, e sermos amados.
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