quinta-feira, 27 de junho de 2013

Clique, ou desclique

  Cada geração é marcada por algo. No último século, as gerações foram marcadas pela tecnologia: geração rádio, TV, e agora, a internet. Conforme vão se modernizando, as pessoas ficam mais confortáveis, não têm aquele medo que a geração rádio tinha, por exemplo, de se expressar.

  Cada tipo de pessoa é definida principalmente por grupos. Você se descobre melhor com auxílio de fontes, como fazemos diversas vezes através da internet. Eu por exemplo, tive a ideia que não era adepta de nenhuma religião indo apenas em igrejas, e não me sentindo bem nelas, já há alguns anos. Redes sociais, blogs, sites, vídeos, amigos e pessoas do meu ciclo fortaleceram ainda mais minha ideia de ateísmo. Hoje, não tenho vergonha de expressar minhas opiniões e dizer que sou ateia na sala de aula e para meus pais. Ateísmo como o homossexualismo não é aceito de uma hora pra outra, raros são os que aceitam, a maioria é apenas respeitada em suas opiniões.
 
  Com a internet você expande aquele minúsculo cérebro onde seus pais lhe faziam acreditar que você tinha. Sai da sociedade, daquelas críticas e discussões que não vão pra frente, e encontra um Universo de conhecimento e pessoas. Você descobre pessoas que compartilham de seus gostos e opiniões, além de saber realmente o que veio fazer nesse minúsculo ponto azul.
 
  Você aprimora as rede sociais, não sendo somente como um álbum de fotografias e uma caixinha de lembranças onde é aberta  à todos, utiliza-o como ferramenta de trabalho e até uma ferramenta para conseguir trabalho. Dentre outros benefícios, só não utiliza-os para o bem, quem não os quer.
   
  A internet também é um mundo infinito de cultura, basta um bom programa de downloads e você baixa quaisquer músicas, séries e filmes, em questão de minutos ou horas. Ao que um filme na locadora, você esperava sair do lançamento, pois estava meio caro e o tempo de devolução é muito curto.
 
  Você conhece e ouve músicas incríveis, de várias etnias e ritmos, não somente o Porca Véia nas propagandas do Casarão, e Janaína no Estação. Conhece também pessoas interessantes de outros países, tirando é claro, os indianos com nomes ahsuadg que dizem: Hi gatinha, que tal tomarmos um tchai, oh, salamerish!
   
   Um dos malefícios dessa era, é criar falsos jovens e adolescentes. Deixar um pc para ele/ela se entreter a tarde toda, sendo que podia ir na casa das amigas brincar de casinha, escolinha, ou jogar bola no campinho. Deixar que façam o que quiser na internet, criar um vulgo perfil no facebook, que compartilhem coisas como: Ai como eu sofro nessa vida, gostaria de ter um look como esse, etc., etc. Fazer isso é como se colocasse um super bond na cadeira em frente ao pc, sem regras e indicações, faça o que quiser, na hora que quiser. Isso lembra que as coisas mudam radicalmente em questões de poucos anos, ao que, por exemplo, quando eu tinha 13 e 14 anos, juntava moedinhas para ir numa lan house jogar joguinhos de roupinhas com minha prima. Os meninos não mudaram em nada, continuam em lan houses jogando games da hora, isso nunca foi ruim, só para os pais que sentirão falta de trocados para pedágio e moedinhas para colocar na capelinha.
   
  Falsos jovens e adolescentes são uma fábrica de pessoas ignorantes, vivendo e vendo coisas impróprias para a idade, criando fantasias infantis em situações juvenis. Uma/um  pré adolescente/adolescente só saberá usar um sutiã, um absorvente, beijar, transar, quando chegar a hora, não existe um manual, nem preparações do tipo, muito menos em redes sociais, livrinhos de horóscopo Bidu, revistas Toda Teen, Atrevida e Atrevidinha. Aparecerá alguém do céu com um bilhetinho dizendo: se vire, ou foda-se. Não sou contra a utilização da internet por crianças e pré-adolescentes, desde que acessem coisas próprias para a idade, e atividades educacionais que ajudem no desenvolvimento escolar.
   
   Por que tornar o útil, desagradável? Os seres humanos criam necessidades fúteis, e só verão o efeito ruim, quando já prejudicar boa parte do indivíduo.